Carro riscado? Veja como resolver!

6 mins Pedro Nogueira Publicação: fevereiro 17, 2022 Atualização: fevereiro 17, 2022

Que atire a primeira pedra o motorista que nunca se sentiu irritado ao identificar um arranhão em seu carro. Como sabemos, a lataria é uma das áreas mais sensíveis de um veículo e qualquer raspão ou batida mais brusca pode causar uma série de danos ao seu visual. E uma vez com o carro riscado, é possível que o proprietário encontre outros problemas, como a desvalorização do seu bem. 

Quando a lateria não recebe os cuidados corretos, ela pode ainda apresentar sinais de oxidação. Claro, ninguém gostaria de passar por essa situação, certo? Por isso, os funileiros devem estar sempre atentos e preparados para reparar um carro riscado e oferecer o melhor serviço aos clientes. 

A seguir, nós vamos te explicar exatamente tudo sobre o assunto. Para descobrir como melhorar o seu trabalho e se destacar, confira algumas dicas exclusivas e saia na frente! Vamos lá?

Quais são os tipos de riscos?

O primeiro passo para conseguir reparar um carro riscado é analisar com atenção o tipo de risco presente na pintura. Ao todo, existem três versões distintas, que mostraremos abaixo. Anote!

Microrriscos 

Basicamente, são imperfeições minúsculas e provocadas quando o automóvel não é lavado e secado da maneira correta. Tais detalhes costumam ser bem superficiais e é difícil uma pessoa conseguir identificá-los de longe. 

Riscos leves 

Aqui, temos os riscos leves — aqueles que apenas atingiram a camada do verniz. Normalmente, eles podem ser vistos com alguma facilidade e são causados por diferentes ações. Entre elas, destacamos os arranhões de chaves, pequenos galhos de árvores ou demais elementos pontiagudos. 

Riscos graves

Por último, temos os riscos graves. Como o próprio termo sugere, são danos profundos, que são identificados a longa distância, tendo atingido o verniz e também danificado a pintura. O mais comum é que esse tipo de risco deixe à mostra o próprio aço do automóvel. 

Quais ferramentas e produtos são necessários?

Existem diferentes ferramentas que podem ser utilizadas para reparar um carro riscado. A parte boa é que esses itens são encontrados em qualquer oficina de reparação ou estética automotiva. Conheça os principais:

  • pano de microfibra: versátil e com vários modelos e densidades disponíveis, são compostas por fios superfinos e não soltam fiapos. Conseguem entrar em pequenos espaços para limpar até os menores detalhes, inclusive, em ranhuras que o algodão não costuma alcançar. 
  • lixa: ideal para corrigir e nivelar a superfície do veículo. Em geral, as lixas mais vendidas são encontradas com facilidade — ou você também consegue comprar esse acessório à parte. Algumas opções são as lixas de preparação, como a 275, a cyclonic e a multi-air; e as de lixamento para polimento, como a T499 Black Ice;
  • polimento automotivo: indicado para corrigir e nivelar superfícies do verniz/tinta, além de proporcionar acabamento uniforme e revitalizado;
  • politriz: equipamento próprio para polir o veículo;
  • cera, vitrificador ou selante: para finalizar o serviço e garantir mais brilho, proteção e hidrorrepelência.

Qual é o passo a passo do processo de remoção dos riscos?

O lado bom é que, quando o veículo apresenta micro risco ou risco leve, o carro pode ser reparado facilmente. A sua única tarefa é separar todos os produtos e ferramentas listados e seguir este passo a passo:

  1. lave o carro adequadamente para identificar todos os riscos e a profundidade de cada um. Nesse caso, vale a pena fazer uma limpeza com água e shampoo automotivo. O ideal é também promover a limpeza antes de identificar o risco, pois, dependendo da quantidade de sujeira, você não conseguirá visualizar muito bem os danos;
  2. identifique todos os riscos do carro e analise a gravidade deles; 
  3. após a identificação dos riscos, se for o caso de repintura automotiva, utilizar as lixas de preparação. Por outro lado, se a profundidade não chegou até a camada da tinta, utilizar as lixas e o processo de polimento;
  4. lixe os riscos. Para isso, utilize um taco EVA Norton e as lixas para polimento. Aqui, também é importante usar a técnica de lixamento cruzado.
  5. limpe o local novamente. É só colocar um pouco de água na área que foi lixada e secá-la com uma flanela macia e limpa; 
  6. lave o veículo mais uma vez para entregá-lo limpo e com muito brilho.

Nos casos de grandes danos, porém, o cuidado precisará ser maior e o profissional responsável pelo serviço deverá não só polir, mas também investir em uma nova pintura na lataria do automóvel.

Atenção!

Não são todos os riscos que podem ser eliminados com o passo a passo acima. Isso porque, como você deve ter notado, existem alguns defeitos que são mais profundos e que, ao atingirem o aço do veículo, só conseguirão ser reparados a partir de serviços específicos, que é o caso da repintura automotiva. Depois, ainda é recomendado sugerir alguns cuidados básicos ao cliente.

Por fim, ainda é necessário ficar de olho nos períodos de chuva. Nessas épocas, é sempre bom observar o veículo e, após um temporal, lavá-lo com água para manter a pintura intacta e longe de qualquer elemento de ação abrasiva. 

Ao seguir essas recomendações, o seu cliente ficará satisfeito com o serviço e, de quebra, se sentirá muito bem atendido pelo seu negócio. O importante, é sempre oferecer um serviço diferenciado, agindo como um parceiro do cliente, orientando e estando disposto a resolver os problemas com materiais de qualidade e atendimento personalizado.

Entender a relevância de todo o processo para concluir um trabalho com excelência é um passo certeiro rumo ao sucesso e é uma ótima estratégia de diferenciar a sua oficina de funilaria da concorrência.

Viu só? Agora que você já conhece o passo a passo para reparar um carro riscado, procure capacitação para oferecer o melhor serviço possível aos seus clientes. Lembre-se: o uso de ferramentas e produtos de boa qualidade faz toda a diferença durante e após a entrega do trabalho!

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